A tecnologia 5G está programada para trazer avanços sem precedentes para diversos setores da economia brasileira, como saúde, manufatura, serviços financeiros, mobilidade, logística e varejo.
Estima-se que a internet da quinta geração irá liderar a transformação da indústria 4.0, pois conectará tudo e todos, facilitando o uso potencial de ferramentas como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), robótica e realidade virtual por esses segmentos.
Em entrevista ao Portal de Notícias da GS1 Brasil, o gerente de marketing da América Latina e Caribe da Corning Optical Communications, Giovani Machado, explica que, devido às velocidades mais altas e à baixa latência, o 5G se torna essencial, ou ainda, fator-chave para a quarta revolução da indústria.
“A maior conectividade e o menor tempo de resposta permitem o uso de máquinas inteligentes e a comunicação em tempo real entre diferentes equipamentos, conhecida IoT ou machine-to-machine (M2M)”, acrescenta.
Segundo o executivo, estas características prometem revolucionar a indústria em todos os campos (manufatura automatizada, agricultura de precisão e transportes inteligentes, inclusive permitindo uma cadeia totalmente inteligente e integrada, com maior eficiência, agilidade e, consequentemente, menores custos.
A mesma opinião é compartilhada pelo diretor de soluções e tecnologia da Ericson, Paulo Bernardocki.
Segundo ele, o 5G, por exemplo, habilita a coleta de dados em tempo real para alimentar algoritmos de inteligência artificial, e sua baixíssima latência permite o controle de processos industriais desde a nuvem.
“A implantação da tecnologia dedicada especificamente à Indústria 4.0 pode permitir novas soluções tecnológicas e gerar um retorno sobre o investimento de custo operacional de 10 a 20 vezes em cinco anos”.
A Ericson, inclusive, produziu um relatório sobre o tema, em conjunto com a ABI Research. Clique aqui para acessar.
Operadora também acredita nos benefícios da tecnologia
Para o head de IoT, Big Data e Inovação B2B da Vivo, espera-se que o 5G traga benefícios em três campos principais: internet móvel de alta qualidade, comunicações de missão crítica e a Internet das Coisas (IoT).
“Internet móvel de alta qualidade trará experiências mais imersivas como Realidade Virtual e Realidade Aumentada; comunicações de missão crítica que demandam uma conexão ultra estável, ultra confiável e de baixa latência como, por exemplo, o controle remoto de infraestruturas em fábricas, carros autônomos e robôs industriais; e a IoT, que possibilita a conexão massiva de sensores, com novas aplicações digitais para um grande número de indústrias”, completa.
4 principais vantagens do 5G para a Indústria 4.0*
Com velocidades 10 vezes mais rápidas que o 4G, o 5G trará benefícios em diversos sentidos. Confira as vantagens:
Equipamentos mais precisos e eficientes: devido à troca de informações entre sensores e outras máquinas;
Equipamentos menos complexos: por utilizarem de capacidade de processamento e armazenamento remotos (ou em nuvem), tornam-se também mais econômicos
Maior segurança: contra invasões e vazamentos de informações com protocolos mais avançados de segurança e, ainda, a facilitação da administração, gerenciamento e tomada de decisão com base em dados precisos e instantâneos.
Com a conexão sem fio: entre as máquinas e os sistemas que os controlam, a produção se torna configurável e flexível, permitindo adaptação rápida das linhas produtivas de acordo com a demanda, características cada vez mais necessárias para atender aos crescentes hábitos de consumo online e personalizado.
*Fonte: gerente de marketing da América Latina e Caribe da Corning Optical Communications, Giovani Machado
Desafios para a implementação do 5G no Brasil
A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) vem trabalhando há mais de um ano na atualização de municípios que possuem o backhaul de fibra.
Como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não possui uma lista atualizada com essas informações, a entidade disponibilizou uma ferramenta que permite aos provedores regionais associados informarem se realmente há ou não a rede na localidade.
“O trabalho é importante porque permitirá ao órgão regulador alocar as contrapartidas de investimento em backhaul de fibra (termo usado para o segmento de rede que chega até as cidades) dos vencedores da faixa exclusivamente aos municípios que realmente ainda não têm essa infraestrutura, atendendo, dessa forma, o objetivo da política pública que é melhorar a conectividade do País”, diz o conselheiro da Abrint, Sidnei Batistella.
Para ele, além disso, serão evitados a duplicação de infraestrutura de rede, o mau uso de dinheiro público e a promoção de um desequilíbrio competitivo aos prestadores que já atuam nessas cidades.
No mapa integrado na página da Abrint é possível clicar nos estados brasileiros e saber quantas e quais cidades não possuem o backhaul de fibra. Clique aqui para acessar.
Fonte: GS1BR.ORG